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terça-feira, 11 de junho de 2013

O melhor poeta da América, já dizia Sartre

Mais um foi quase
e voltei a fumar
e sucumbi as palavras,
andei até lendo o velho safado
e até dando umas boas risadas
mas não deixando de me sentir ofendida
com minha velha mania
de tomar tudo por dito para mim.
Ele é por demais igual a você
se escrevesse, seria como te ler
viril demais
impetuoso demais nas palavras.

Esse cara não tem mesmo sensatez
não hesita em esporrar suas verdades
na cara de ninguém.
E eu bem sei,
as coisas são mesmo como descritas
Uma vem, você devora
outra é recordada, você puxa uma.
outras deixam recados,
mandam mensagens...
Mas é da minha natureza repelir isso
enquanto procuro,
como se houvesse que existir por necessidade moral,
o mínimo de romance ali.
Onde não há.

Misturei as tuas paixões às minhas,
e agora amo até o mais improvável.
Mas me peguei aqui, a assumir gostar
de coisas as quais eu jamais me permitiria
e me sinto outra pessoa ao dizer aos outros
que aquilo me agrada.
Mas o pior é que gosto mesmo, e gosto muito.

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