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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

dark night;

Nos momentos em que a gravidade parece exercer mais força sob meu corpo, fazendo com que ele aparente ter o dobro do peso que realmente possui, forçando-me a deitar e cerrar, as também pesadas pálpebras... é que me flagro!; viajando inconscientemente até você, minha mente vaga ao seu redor... Eu só posso te ver. E todos os momentos passados contigo são revistos, lentamente, como ao rebobinar uma fita de videocassete. 
Mas enquanto me delicio em minhas melhores memórias... As coisas costumam sair do lugar. E eu temo.
Mas se você for embora dos meus dias, claramente inconvenientes, permanecerá em minhas noites, escuras, discretas, completas. Elas são os momentos bons da minha vida... Onde a mente vaga por onde quer, sem impedimentos, dores, ou aflições e onde sempre poderei te encontrar.


Karine Souza;
E eu estarei aqui sempre, ao teu lado.
Estarei sempre que precisar.
E quando não for necessária a minha presença, ainda assim estarei.
Estarei de coração.
Estarei por te amar.
Estarei embora não percebas, pois sei ser discreta quando me é requerido, apesar de não ser tão óbvia na minha capacidade.
Mas estarei na forma da brisa, que passa e toca imperceptivelmente sua face, estarei na forma das nuvens e da luz que te observam, estarei sempre, como um elo que existe indispensavelmente entre o amante e o amado.
Estarei perto para te amparar quando caíres.
Estarei próximo para me alimentar, suave na minha ação, dos teus sorrisos sinceros, da tua alegria fortificante.
Estarei sempre aqui, mesmo que já seja absolutamente dispensável... para você, porque para mim é vital.


Karine Souza;

domingo, 26 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Às vezes;


Mesmo você agindo conforme se sente, tudo parece diferente...
E nem parece ser verdade.
                          
                                                      Já viu a vida passar diante dos teus olhos em câmera lenta?...   


Karine Souza;

Nada mais justo;



Faria diferença se no mundo inteiro houvesse somente silêncio?
E se não houvessem cores?
Seria um problema se nos solos não crescessem flores?
Se todos os caminhos fossem soturnos?
Se risos fossem silenciados, e a alegria desaparessece das pessoas, uma à uma?
Eu diria que não.
Não faria nenhuma diferença se não houvessem os demais sons, já que o único que me faria falta seria o som da tua respiração.
E cores? Todas ignóbeis, senão a cor inigualável dos teus olhos.
Solos inférteis seriam nada se comparado à ausência que fazem os teus carinhos para o meu coração.
E os caminhos em nada incomodariam, soturnos, por não haver luz que importe se não for a dos teus sorrisos.
Se não houvesse alegria alguma, eu sentiria mais conforto, mesmo que soberbamente, por saber que todos compartilhavam meu luto, não havendo ao meu ver NADA mais justo. 

Karine Souza;