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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

talvez isso defina a minha paz

"... eu gostaria de me deitar ao teu lado, às duas da manhã, quando já não houvessem mais frequentes transeuntes à nos incomodar. Deitaríamos sob um céu estrelado e observaríamos as estrelas, uma à uma. Dividiríamos um cigarro e conversaríamos de forma agradável - não uma daquelas conversas que temos quase que por obrigação com semi-conhecidos, nas quais se dizem coisas sempre óbvias e inúteis apenas para que se abafe o incômodo do silêncio, que constrange ao invés de acolher. Mas algo íntimo o suficiente para que se partilhem palavras que fluem de uma parceria entre o cérebro e o coração, com uma facilidade quase natural - daquelas conversas, sabe, em que quando houver silêncio, ele não incomode.
Como aqui não existem muitos gramados nos aninharíamos em qualquer quadrado de concreto mesmo, e se ventasse forte nos aqueceríamos mutuamente. Poderíamos rir, refletir, dar um tempo um para o outro para filosofias íntimas - essas que se pensam com o âmago, e que tentam escapar por entre os lábios, impedidas por um sensor de segurança devido serem extraordinárias demais para que palavras sejam idôneas de transmiti-las ao mundo - e o mais importante, nos sentiríamos simples e unicamente confortáveis em nossas companhias, como se estivéssemos mais uma vez em casa, mais uma vez em nosso próprio universo paralelo."

Dedico ao Raul <3

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