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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O meu momento é de espera

Hoje me prolonguei demais naquele café
Me apego demais à reclusão, é comum
É difícil me concentrar no que eu deveria
Sair do travesseiro dos meus pensamentos
Me desenrolar dos lençóis das minhas reflexões
Eu simplesmente ignoro todos os chamados
e despertadores de divagação

Mas o fato é que
Fiquei ali, assistindo a chuva cair, sozinha
Ninguém por fora
Ninguém por dentro
Tenho estado só.
Mais só do que...
A solidão pura, em essência.
Porque me sei só.

Tenho estado só, universalmente.
Não me acredito mais tendo alguém.

É que a gente sempre quer ter alguém
que dê passos sincronizados aos nossos
Assim como a gente faz, de mãos dadas,
quando crianças...
Sem motivo algum.
E é assim, aparentemente sem motivo,
que a gente cresce
e continua precisando daquilo
Só que metaforicamente.

Mas a solidão ecoa
E é preciso se acostumar.
Me demoro um pouco mais nesse sofrimento
Me prolongo nessa cadeira
Me desenrolo no canto dos pássaros,
satisfeitos como eu com a visita da chuva
Me diminuo
Me planto
Quero brotar

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